segunda-feira, 30 de junho de 2014

HÉRNIAS


A hérnia é uma fraqueza natural, congênita ou adquirida na parede abdominal, que permite que o tecido gorduroso e/ou o intestino se exteriorizem por essa área enfraquecida.

Costuma ocorrer principalmente em locais suscetíveis da parede do abdome, que se estende da porção inferior dessa região até a raiz da coxa – aliás, daí vem a classificação das hérnias abdominais em inguinais (na virilha), femorais ou crurais (na coxa), umbilical (no umbigo) e epigástricas (na linha média do abdome), sem contar as incisionais, hérnias que se formam em locais onde foi feito corte para cirurgia.

Na prática, a condição se manifesta como um tipo de abertura, chamada de anel ou orifício herniário, em pontos fracos da parte muscular e fibrosa da parede abdominal, através do qual as estruturas internas dessa cavidade tendem a escapar, sobretudo quando há aumento da pressão dentro do abdome.
Assim, as alças intestinais, envoltas externamente por pele, entram e saem do anel herniário, mas podem ficar encarceradas dentro dele – e é aí que mora o perigo.

Nessa situação, há grande risco de estrangulamento da hérnia no interior do orifício, o que interrompe a eliminação das fezes e comprime os vasos sanguíneos locais.
Esse acontecimento constitui uma emergência médica porque, sem alimento e oxigênio, os tecidos da alça apodrecem e favorecem a perfuração intestinal e o consequente vazamento do conteúdo do intestino na cavidade abdominal, dando origem a um processo infeccioso grave – a peritonite –, que pode se espalhar rapidamente por todo o organismo.

PRINCIPAIS CAUSAS e SINTOMAS DAS HÉRNIAS:


Quando pequena, a hérnia pode ser apenas desconfortável.
Mas, à medida que a saliência e o anel herniário aumentam, a condição se torna bastante incômoda, especialmente com atividades e/ou situações que pressionam a porção inferior do abdome, como evacuar, tossir, urinar, passar muito tempo em pé e carregar peso, aí incluindo a gravidez.
Em caso de estrangulamento, além de dor intensa, a pessoa apresenta também náuseas e vômitos.

As causas das hérnias abdominais incluem principalmente o enfraquecimento da parede abdominal decorrente da idade, da prática de grandes esforços, por tempo prolongado, e de cirurgias prévias. Algumas condições clínicas também podem estar por trás do surgimento de protrusões na parede abdominal, tais como prisão de ventre crônica.

Já na população infantil, as hérnias costumam ser congênitas, ou seja, as crianças já nascem com uma fraqueza em alguns pontos da parede do abdominais>

DIAGNÓSTICO DAS HÉRNIAS:

O diagnóstico das hérnias é clínico na maioria das vezes, uma vez que a saliência que as caracteriza costuma ser visível e palpável.
Portanto, apenas a queixa do indivíduo levanta a suspeita clínica. Em pessoas obesas, porém, a confirmação pode demandar a realização de um exame de imagem, como uma ultrasonografia de abdome.

TRATAMENTO DAS HÉRNIAS:

O tratamento das hérnias é sempre cirúrgico, procedimento chamado de herniorrafia. Existem várias técnicas para isto, desde a cirurgia convencional, até técnicas videolaparoscópicas, menos agressivas.
Algumas hérnias requerem a colocação cirúrgica no local de uma pequena tela de material sintético para vedar o orifício herniário. A herniorrafia tem de ser feita em caráter emergencial em caso de estrangulamento, pelo risco de infecção e perfuração intestinal eminente.

Só é possível prevenir o enfraquecimento abdominal decorrente de fatores que podem ser controlados de alguma forma. As pessoas que fazem esforços muito intensos em decorrência da profissão ou de alguma atividade esportiva, como levantamento de peso, precisam usar cintas de contenção para evitar a formação de hérnias. Já quem apresenta problemas de saúde que ocasionam uma grande pressão na parte inferior do abdome deve procurar tratar essa causa quanto antes.

O mais importante, em termos preventivos, é evitar a todo custo o estrangulamento, que traz riscos para o portador da protrusão. Em outras palavras, quem tem hérnia deve procurar um médico quanto antes para que o tratamento cirúrgico seja planejado e ocorra fora de uma situação de emergência.

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