quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

COQUELUCHE (PERTUSSIS)

A Coqueluche é uma doença aguda  do trato respiratório caracterizada por uma tosse paroxística (crise de tosse comprida). É causada pela bactéria Bordetella pertussis (bacilo de Bordet e Gengou). 

A Coqueluche é uma doença que requer notificação compulsória junto ao Ministério da Saúde.

INCIDÊNCIA

Crianças na primeira infânica e na idade pré-escolar, sendo que a doença acomete de forma mais grave os lactentes.
É possível que a doença acometa pessoas adultas. 
A ocorrência é mais comum em meses frios, mas pode ocorrer em qualquer época do ano.

Em 2010, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) a ocorrência da doença aumentou de forma significativa em adolescentes e adultos no Brasil.

Mesmo quando recebida a vacina na infãncia é preciso observar jovens e adultos com tosse contínua por mais de duas semanas uma vez que há a possibilidade de haver uma nova infecção.

FATORES DE RISCO

Mesmo tomando a vacina quando bebê, a pessoa pode tornar-se suscetível à doença novamente, com o passar dos anos.

Crianças e bebês não sao totalmente imunes à doença até que tenha tomado as três doses da vacina preconizadas pelo Ministério da Saúde. Nesse intervalo entre as doses há a possibilidade de contrair a doença.

CAUSAS

A doença é causada por uma bactéria chamada Bordetella pertussis que afeta a garganta (faringe). Essa bactéria causa um incômodo na garganta, dando origem às tosses.

TRANSMISSÃO

É transmitida pelo contato direto com uma pesoa infectada ou por gotículas eliminadas pelo paciente ao tossir ou espirrar. 
O período de incubação dura em média 15 dias. Depois dessa fase inicia-se o período catarral. 
SINTOMAS

Há três estágios consecutivos em que ocorrem os sintomas:

- Estágio 1 ou catarral: perda de apetite, espirros, corrimento nasal, tosse, febre baixa, mal-estar, lacrimejamento. Tais sintomas podem ser confundidos com uma gripe ou refriado.

- Estágio 2 ou paroxístico: crise de tosse severa e descontrolada em que a pessoa fica sem condições para respirar, seguida de uma inspiração profunda que provoca um som como que de um grito agudo no final. Nas crises de tosse a pessoa pode apresentar uma cor cianótica (azulada) devido a fata de ar. Devido as longas crises de tosse pode ocorrer vômitos.

- Estágio 3 ou convalescença: aos poucos a recuperação acontece. A tosse pode ficar mais ruidosa e as crises ocorrem em episódios isolados até sumirem todos os sintomas.

A gravidade dos sintomas variam de acordo com o clima e há quanto tempo ocorreu a vacinação. Os sintomas podem ocorrer de forma mais leve em adultos e crianças mariores do que em crianças mais novas.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da coqueluche em seu estágio inicial é mais difícil pois os sintomas são confundidos com gripes e outras doenças respiratórias.  O médico poderá pedir alguns exames como espirometria, sorologia para detectar a presença da bactéroa Bordetella Pertussis e Raio X de tórax.

TRATAMENTO

O portador da Coqueluche deverá permanecer em isolamento respiratório durante o período de transmissão da doença.
O tratamento, em geral, é ambulatorial, à base de medicamentos antibióticos, analgésicos, anti-inflamatórios e xaropes inibidores de tosse e expectorantes. O paciente se trata em casa, mas com o devido acompanhamento do médico. 

Nos casos mais graves em que houver necessidade de ofertar oxigênio ou uma dieta endovenosa (parenteral), o paciente deverá ser internado. 

COMPLICAÇÕES

Apesar da maioria das pessoas apresentarem boa recuperação, sem complicações, mesmo assim é possível a ocorrência delas.
As complicações em de tosse mais graves são: costelas machucadas, hérnias abdominais, vasos sanguíneos da pele ou olho rompido.

As complicações em crianças, principalmente com menos de 6 meses de idade são: pneumonia, desidratação, convulsão, otites, dentre outros.

VACINAÇÃO

A forma mais eficaz de prevenção é a vacinação, ainda que a pessoa não seja totalmente protegida.
A vacina oferecida para combater a Coqueluche é a Tríplice (DPT), que protege contra o Tétano, a Difteria e a Coqueluche. É oferecida, gratuitamente, pelo Ministério da Saúde, nos postos de saúde. 

Deverá ser aplicada aos dois, quatro e seis meses de idade. Os reforços serão oferecidos aos 15 meses e aos 5 anos de idade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em caso de tratamento da coqueluche em casa, algumas medidas deverão ser adotadas. São elas:

- Manter repouso;
- Beber muito líquido para evitar a desidratação;
- Fazer refeições leves e em pequenas quantidades para prevenir os vomitos;
- Evite contato com agentes como fumaça de cigarro;
- Separe os objetos da pessoa contaminada (talheres, pratos, copos)

Dúvidas podem ser esclarecidas por esse mesmo de comunicação ou através de www.facebook.com/drnelsonmeneghellofh















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