Quando manifestam-se no homem, desenvolve duas formas do ciclo de vida do parasita que são as microfiárias e os vermes adultos (gerados pelas microfilárias). As microfilárias causam algumas manifestações clínicas e são responsáveis pelas formas de trasmissão. Elas migram para o sangue periférico. Os vermes adultos são responsáveis pelos sintomas como inchaço, nas filarioses linfáticas (tipo a).
TIPOS DA FILARIOSE:
- Pernas> a
infecção inicia-se no área dorsal do pé, alastrando-se até o joelho. A
pele apresenta úlceras e um edema que assemelha-se à para de um
elefante. Daí o nome elefantíase;
- Testículos/Pênis> ocorre o aumento exagerado desses órgãos;
- Braços, Mamas ou Vulva: ocorre de forma semelhante a das pernas, porém é rara.
É causada por parasitas, sendo transmitida por um mosquito. Há 8 espécies de filárias que infectam preferencialmente o homem. A mais conhecida é a Wechereria bancrofti que causa a filariose linfática (ELEFANTÍASE), sobre a qual será discorrido durante o texto. São elas:
a) Wechereria bancrofti: causa a filariose linfática. Quando em um grau mais avançado causa inchaço linfático nas extremidades (elefantíase). Em sua fase inicial, quando a microfilaremia está presente, há ocorrência de episódios repetidos de linfagite (inflamação dos vasos linfáticos) e adenomegalia (aumento dos gânglios linfáticos), além de hipertermia (febre) e síndrome pulmonar com eosinofilia, ou seja, são econtrados nos pulmões, células de defesa que atacam os parasitas. Esse é o tipo de filariose mais prevalente e ocorre ao longo de toda a faixa tropical do mundo, principalmente no sul da Ásia e da África. É também a filária MAIS encontrada no Brasil, presente principalmente nas cidades da região Norte, Nordeste e inclusive nas cidades de Recife e Belém. É transmitida por vetores do tipo mosquitos. São eles Culex (pernilongo), Anopheles e Aedes.
b)Brugia malayi: sua ocorrência se dá no norte da Ásia e na Oceania.
c) Brugia timori: ocorre no sudeste da Indonésia.
d) Loa loa: causa o edema de Calabar e sua ocorrência é exclusivamente no continente da África.
e) Onchoecerca volvulus: é o responsável por causar a Oncocercose filariose. Possui apresentação clínica variada, podendo causar lesões e nódulos cutâneos, além de lesões oculares que podem até mesmo ocasionar a cegueira. A estimativa é que 340 mil das 17.000 pessoas infectadas estão cegas, uma vez que a lesão ocular afeta a retina, úvea e córnea. Sua ocorrência se dá em áreas topicais, próximo de rios. Sua maior prevalência ocorre na África, mas ocorre também no Oriente Médio e na América Latina, inclusive no Brasil, na região da Amazônia.
f) Mansonella ozzardi: causa a Mansonelose. O quadro clínico apresentado consiste em dor de cabeça, esfriamento das pernas, derrames articulares. Além de ocorrer na Amazônia (Brasil), ocorre também na América Central e em outros países da América do Sul.
g) Mansonella perstans: Geralmente ocorre de forma assintomática. Sua prevalência é na África, América do Sul e Central.
h) Mansonella streptocerca: é restrita à região da África.
TRANSMISSÃO
Quando a pessoa é picada, a larva existente no mosquito é transmitida e aloja-se na circulação linfática.
A doença não é transmitida de pessoa para pessoa. Ocorre pela picada do mosquito contaminado.
SINTOMAS
Na filarióse linfática (elefantíase), o parasita age bloqueando os vasos linfáticos, de forma que afeta a circulação do paciente. O membro infectado apresenta edema.
Pode ocorrer ainda febre elevada, urticária, intolerância a luz, tecido afetado com apresentação áspera, inflamação dos vasos linfáticos, mal-estar, dores musculares e presença de gordura na urina.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico será feito de acordo com os sintomas e através de exame de sangue. Será feito o isolamento no sangue periférico das microfilárias circulantes. A pesquisa deverá ser feita no momento em que ocorra a migração das microfiláriasm que o caso de W.bancrofti, é preferencialmente no período da noite. Poderá tambpem ser diagnosticada através dos tecidos infectados para detectar a presença de larvas do parasita.
A oncocercose não apresenta microfilária relevante, logo deverão ser feitos outros métodos de investigação, como por exemplo, pesquisa de parasitas em nódulos subutâneos e exame oftamológico com lâmpada de fenda.
É comum o diagnóstico tardio uma vez que a doença tem uma evolução lenta durante anos.
TRATAMENTO
O tratamento será dividido em preventivo, tratamento da fase aguda e tratamento da filariose com forma crônica.
- Tratamento Preventivo
- Localizar o local onde há presença dos vetores da doença;
- Fazer uso de repelentes, mosquiteiros, inseticidas e telas nas janelas;
- Fazer notificação para as autoridades competentes;
- Disponibilizar atendimento adequado para o paciente,
- Tratamento da fase aguda ou subaguda
Será medicamentoso, visando combater as microfilárias de forma a evitar sua progressão para a forma crônica, evitando assim as sequelas.
Apesar de apresentar menor eficácia poderão ser combatidos também nessa forma de tratamento, os vermes adultos.
- Tratamento da fase crônica
Nessa fase, será tratado edemais mais graves causados pela filariose linfática. Será feito uso de meias elásticas.
O tratamento cirúrgico é indicado quando ocorre elefantíase avançada nas pernas ou nos genitais , associada à quilúria (ruptura ou fístula de vasos linfáticos) e à hidrocele (acúmulo de líquido nos genitais). Será feita a retirada do tecido tecido lesionado a depois uma cirurgia plástica para que seja feita a reconstrução das áreas afetadas.
Há casos que são mais leves, chamados linfedemas são tratados fazendo uma anastomose linfovenosa (ligação entre linfonodos) , em um ponto distante do local da obstrução linfática.
Nos casos mais graves em que há quilúria a cura não é totalmente assegurada quando realizada a crirugia.
O tratamento cirúrgico para tratar a hidrocele pode ser através da inversão ou da ressecção da túnica vaginal. Se o acumulo de líquido estiver entre 50 a 500ml pode ser feito drenagem.
Dúvidas podem ser esclarecidas por esse mesmo meio de comunicação ou através de www.facebook.com/drnelsonmeneghellofh
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