A caxumba é uma doença viral também conhecida como papeira. É causada por um vírus da família paramyxovirus. No Brasil, não enquadra-se em doença de notificação compulsória.
A doença afeta as glândulas parótidas (produzem saliva), localizadas nas laterais do pescoço, abaixo da mandíbula, causando um aumento dessas glândulas. A infecção pode estender-se ainda até outras glândulas salivares que são as submaxilares e sublinguais.
Em alguns casos o aumento das glândulas não é aparente.
O período de incubação (tempo para início dos sintomas) pode variar de 14 a 25 dias.
PREVALÊNCIA
A doença é mais comum na infância, geralmente no período do inverno e da primavera. Nos adultos, a manifestação da doença ocorre de forma mais severa.
TRANSMISSÃO
Ocorre por meio do contato as secreções das vias aéreas superiores do portador da caxumba. Após ser infectada com caxumba, a pessoa pode transmitir a doença entre seis dias antes do início dos sintomas até, aproximadamente, 9 dias após o início dos sintomas.
Geralmente, não ocorre a reinfecção com o vírus pois após a infecção, o indivíduo adquire imunidade para combater a doença. Porém se a caxumba manifestada pela primeira vez foi unilateral, pode ocorrer a infecção do outro lado não afetado em outro momento.
Não é possível contrair caxumba de animais ou plantas, pois o ser humano é o único hospedeiro natural da caxumba.
SINAIS E SINTOMAS
O sintoma mais comum é:
- Dor Inchaço das glândulas salivares (paroditite) em ambos os lados ou unilateral; em alguns casos não há inchaço aparente.
Os demais sintomas são:
- Disfagia (dor ao engolir);
- Febre;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Cefaléia (dor de cabeça).
COMPLICAÇÕES:
São raras, mas podem ocorrer. São elas:
- Meningite viral - atinge as membranas que envolvem o encéfalo e podem causar dor na nuca, rigidez e mal-estar intenso.
- Pancreatite, causando náuseas e dor abdominal.
- Orquite - inflamação dos testículos seguida de dor;
- Ooforite - inflamação dos ovários
- Surdez - pode ocorrer, mas é raro.
Quando ocorre no 1º trimestre de gestação, pode provocar aborto espontâneo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da doença é clínico, baseado no exame físico e na história do paciente. Existem também testes sorológicos ou de cultura para vírus, caso seja necessário.
TRATAMENTO
Não há tratamento específico. Será prescrito repouso, analgésicos para tratar a dor, bem como antitérmicos para a febre. É preciso observar o surgimento de outros sintomas e ficar atento para as complicações.
PREVENÇÃO
A única forma de prevenir a Caxumba é com a vacina que deverá ser aplicada conforme o Calendário Básico de Vacinação.
OBSERVAÇOES FINAIS
- Manter o paciente em repouso e oferecer líquidos e alimentos mais pastosos de maneira que facilite a deglutição;
- Não tomar medicamentos sem prescrição médica;
- Caso não tenha sido vacinado, procure um centro de saúde mais próximo.
CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO para a Caxumba (fonte: Portal da Saúde - SUS)
- Para indivíduos de 12 meses a 19 anos de idade: administrar 2 (duas) doses, conforme situação vacinal encontrada;
- Administrar a 1ª dose aos 12 meses de
idade com a vacina tríplice viral e a 2ª dose, exclusivamente, aos 15
meses de idade com a vacina tetra viral, para as crianças que já tenham
recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. Detalhamento no tópico da vacina tetra viral;
- Para as crianças acima de 15 meses de
idade administrar a vacina tríplice viral observando o intervalo mínimo
de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2
(duas) doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola;
- Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade:
administrar 1 (uma) dose, conforme situação vacinal encontrada.
Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 (uma) dose de vacina com
componente sarampo, caxumba e rubéola ou sarampo e rubéola.
Dúvidas podem ser esclarecidas por esse mesmo meio de comunicação ou através de www.facebook.com/drnelsonmeneghellofh
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