FIBROMIALGIA
A fibromialgia é uma doença que se caracteriza por uma dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se apresenta sobretudo nos músculos, tendões e ligamentos, especialmente em um dos lados do corpo, embora possa ser bilateral.
Esta doença é considerada um reumatismo e é caracterizada por dor generalizada e fadiga.
Essas manifestações estão diretamente relacionadas com o funcionamento do sistema nervoso central e com o processo natural de supressão das dores. Ou seja, há uma disfunção que impede o mecanismo que coordena dor e analgesia de funcionar direito.
Numa pessoa saudável que fica sentada muito tempo numa posição errada, o organismo usa substâncias analgésicas de que dispõe naturalmente, como as endorfinas e a serotonina, conseguindo evitar sintomas de desconforto.
Já em um indivíduo com fibromialgia, submetido à mesma condição, o organismo não consegue impedir a dor, refletindo um limiar menor para qualquer sintoma doloroso ou situação desconfortável.
A doença, contudo, não é um processo inflamatório, como uma tendinite, nem causa deformidades físicas, como a artrite reumatóide, mas pode estar associada à esse tipo de doença,
dificultando o diagnóstico.
Da mesma forma, não se trata de doença grave, não apresenta risco de vida, no entanto, compromete muito a qualidade de vida e o humor do indivíduo.
Seu maior problema está neste impacto negativo causado pela constância de dor generalizada limitando as atividades habituais das pessoas, o qual, contudo, pode ser eficientemente amenizado por um tratamento multidisciplinar
SINAIS e SINTOMAS PRINCIPAIS DA FIBROMIALGIA:
Dor generalizada, fadiga e alteração do humor são os principais sintomas desta doença .
Há nove pontos de cada lado do corpo – e, portanto, 18, no total – nos quais a dor pode se instalar e se espalhar: atrás da cabeça, no pescoço (na altura das vértebras cervicais), em cima do ombro e nas costas, no tórax (perto da segunda costela), nos quadris, nas nádegas, no local onde o fêmur se encaixa na bacia, no cotovelo e na parte traseira do joelho.
Não é à toa que as pessoas se queixam, no consultório, de que “tudo dói”.
Mas, além da dor, os sinais clínicos abrangem fadiga, ansiedade, dormência nas mãos e pés, alterações intestinais, depressão, dor de cabeça e ausência de sono reparador – os indivíduos acordam já cansados, como se não tivessem dormido.
A causa ainda é desconhecida, mas existe uma deficiência neuroquímica que ajuda a explicar a fibromialgia: em seus portadores, os níveis de serotonina, neurotransmissor associado ao bem-estar, são mais baixos.
Além disso, há alguns fatores associados ao aparecimento da condição, como a exposição cotidiana à tensão e ao estresse e, por se tratar de um problema quase que exclusivamente feminino, os desequilíbrios hormonais.
Outras correntes, ainda em estudo, sugerem o envolvimento de algum agente infeccioso na doença, que desencadearia todo o processo, a presença de lesões no sistema nervoso central, que, portanto, afetariam o mecanismo de supressão da dor, e a existência de alterações no metabolismo dos músculos, que os tornaria mais fracos e cansados.
DIAGNÓSTICO DA FIBROMIALGIA:
O diagnóstico é clínico, realizado após uma investigação médica diagnóstica de outras causas para estas mesmas queixas clínicas. Assim não há exame complementar que possa ser utilizado para estabelecer um diagnóstico definitivo.
No entanto, o exame clínico associado ao conjunto de sintomas e achados no exame físico, são os principais parâmetros para a definição desta doença.
Essa avaliação, feita pelo médico no consultório, é fundamental para afastar a possibilidade dos sintomas estarem associados a outros problemas clínicos ou neurológicos mais graves que cursam com cansaço e fraqueza muscular.
O exame físico requer a palpação dos 18 pontos de dor padronizados para o diagnóstico dessa doença. A presença de hipersensibilidade em 11 pontos e queixa de dor contínua por mais de três meses é altamente sugestiva de fibromialgia.
Queixa de contratura muscular, maior sensibilidade ao toque físico e as oscilações de temperatura também são comuns nos pacientes com essa doença.
Embora não existam testes laboratoriais que possam confirmar a suspeita, o exame de polissonografia pode ser bastante útil para avaliação dos pacientes que apresentam sono não reparador.
Além disso, alguns exames adicionais, de sangue e de imagem, podem ser realizados para descartar inflamações em articulações e tendões, bem como descartar outras doenças clínicas.
TRATAMENTO DA FIBROMIALGIA:
O tratamento ideal é realizado pela utilização de três pilares, baseados em remédios, atividade física e suporte psicológico.
Na linha de medicações, podem ser empregados desde analgésicos, antiinflamatórios, até antidepressivos.
Estes últimos porque os neurotransmissores reguladores da dor e do humor (depressão) são interligados e semelhantes.
Mas apenas o uso de medicações não basta. Um dos grandes aliados deste tratamento,é a realização de um programa permanente de condicionamento físico orientado.
Além de exercícios de alongamento e relaxamento, atividades físicas aeróbicas leves, como hidroginástica, natação e caminhada são extremamente benéficas para estes pacientes.
As crises, no entanto, podem voltar porque a doença tem relação com gatilhos físicos e psicológicos.
Uma grande sobrecarga de trabalho ou uma insatisfação muitas vezes são suficientes para o ressurgimento dos sintomas. Por isso mesmo, o apoio psicológico costuma ser um adjuvante fundamental no tratamento.
PREVENÇÃO DA FIBROMIALGIA:
Por se tratar de uma doença de causa desconhecida, não há medidas primárias que possam evitá-la. Mas, dada sua associação com o estresse, a tensão e o desequilíbrio emocional, sobretudo as mulheres devem buscar, desde cedo, uma atividade física.
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