segunda-feira, 14 de julho de 2014

URTICÁRIA




A urticária consiste em uma reação alérgica que atinge a pele ou mucosas. Na prática, os fatores desencadeantes dessa condição ativam os mastócitos, que são células do sistema imunológico de defesa presentes na pele, que liberam algumas substâncias responsáveis pela reação alérgica.

A manifestação pode ser aguda, quando dura menos de 30 dias, ou crônica, quando persiste por mais seis semanas.

Em geral, cursa de forma benigna, mas existe um tipo mais grave de reação, denominado edema de Quincke, que requer atendimento de emergência pelo risco de atingir a laringe e provocar asfixia.

A urticária ocorre em todas as idades, chegando a afetar em torno de 20% da população em algum momento da vida.

CAUSAS E SINTOMAS


Os episódios agudos apresentam-se de modo intenso e rápido, com lesões que variam de pequenos pontos avermelhados a placas maiores, igualmente avermelhadas e inchadas, com formato irregular, que podem se juntar e atingir grandes áreas.

O principal sintoma é uma coceira muito intensa. A reação, contudo, costuma ter curta duração, desaparecendo rapidamente e surgindo de novo em outras extensões da pele, sempre com coceira intensa, ardência e, às vezes, sensação de ferroada. Já na urticária crônica, os sintomas surgem com menor intensidade, mas com maior duração. Por sua vez, o edema de Quincke, que também é uma manifestação aguda, cursa com um grande inchaço no rosto, principalmente nos lábios e nas pálpebras, podendo causar dificuldade respiratória.
Vários fatores desencadeiam esta reação exagerada do sistema imunológico, a exemplo de medicamentos, alimentos como nozes, frutos do mar, ovos e frutas, substâncias inalantes – perfumes, poeira, inseticidas e desodorantes –, infecções, verminoses, picadas de insetos, aspectos emocionais, estresse e agentes físicos como frio, calor, luz ou pressão. Não raramente, a causa pode ser desconhecida.

EXAMES E DIAGNÓSTICOS


O diagnóstico costuma ser feito com base no exame físico do indivíduo e na história do aparecimento das lesões. Muitas vezes, o médico solicita exames para investigar a ocorrência de doenças que estejam funcionando como fatores desencadeantes da reação, como é o caso das verminoses e das infecções, ou para confirmar uma suspeita clínica de um determinado agente ser o responsável pelo quadro. Em casos mais raros, pode ser necessária a análise de células da pele para afastar a hipótese de o quadro ser decorrente de outros distúrbios dermatológicos.

Com freqüência o médico pode identificar o agente responsável pela alergia apenas com uma boa anamnese, mas muitas vezes é impossível identificar a causa.

TRATAMENTO E PREVENÇÕES


O tratamento da urticária, tanto crônica quanto aguda, procura combater a reação na pele com medicamentos anti-histamínicos, que bloqueiam a produção de histamina e, assim, controlam os sintomas.

No edema de Quincke, a medicação deve ser iniciada com urgência, quase sempre acompanhada de fármacos que reduzem a resposta do sistema imunológico, como os corticóides, para impedir a evolução do quadro para a laringe e reduzir o inchaço.Em todos os casos, contudo, é fundamental procurar suprimir o fator desencadeante, sem o que o tratamento será apenas paliativo.

A prevenção da urticária depende sobretudo do conhecimento do mecanismo que provoca a produção excessiva de histamina, de forma que seja possível evitá-lo. Em casos mais graves, com episódios repetidos por longos períodos, o médico pode sugerir uma estratégia de prevenção individualizada, algumas vezes com o emprego de medicamentos.

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